um dia, numa festa de anos surpresa, numa tarde de final de verão, depois de todos os risos molhados, houve mais uma
uma que teve o efeito de me fazer sentir tão especial como poucas outras irão conseguir
uma que me encheu o coração, tal como me enche sempre que olho para ela e vejo o seu sorriso traquina
quando me chama "tia" com sotaque de menina de lisboa
quando a vejo a cantar, a dançar, a teatralizar
quando atendo o telefone e oiço do outro lado um sussuro da minha borboleta e a voz quente da maria papoila que me diz "farrusca", "doida", e se ri, terminando com um "beijinhos" para ir a correr à pressa para uma qualquer brincadeira
e hoje, após outras muitas vezes de me lembrar disso, penso tristemente como tenho estado ausente, como tenho permitido que o meu estar meio perdido me afaste de duas pessoas que me fazem tão bem, que me enchem tanto o coração...
amanhã e depois, porque agora já ambas dormem, vou querer estar mais perto, mais presente, mais tia ***
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