às vezes pomos os pés pelas mãos...
dizemos o que queremos, mas da forma errada, ou na menos correcta...
magoamos as pessoas que gostamos, fazemo-las sofrer... quando queríamos apenas ajudar...
devíamos ficar quietos e calados?
talvez... sim
ou não...
mas e quando já está? tentaremos chegar perto e dizer que não queríamos magoar...
encontrar palavras para explicar o porquê de algo inexplicável...
explicar que o que dissemos era o que sentíamos e continuamos a sentir, mas que sabemos que deveria ter sido de outro modo...
sabemos que iremos conseguir ultrapassar esta discussão... mas que fazemos ao sentimento de que devíamos ter ficado caladas? que há coisas que simplesmente não se deviam dizer em determinadas situações, nem de determinado modo?
porque é que acabamos por ser mais cuidadosos com os que não são tão importantes para nós, e com os que nos são fundamentais acabamos por não o ser?
qualquer um de nós sabe o porquê, o que constitui mais uma razão para tentarmos não o fazer!
eu acho que tento...
mas hoje não foi um desses momentos, hoje foi mais uma noite sem luar, onde a minha estrela polar brilhou menos e encobriu o meu coração...
espero que o amanhã amanheça com sol, e que o vento frio do inverno ajude a afastar as nuvens que surgiram!
2 comentários:
Não, não devemos nunca calar. Os amigos são sempre esses, por vezes, “maus”, mas os únicos que nos dizem os que temos de ouvir, o que sabemos ser verdade, mas não conseguimos, quantas vezes não queremos, admitir.
E quando já está? Já está, ponto. Chegar perto e dizer que não queríamos magoar não vale a pena. Eles sabem que não o queríamos fazer, sabem que queríamos era o oposto e vão acabar por o reconhecer.
O problema é que, em alguns momentos, acabamos sempre por não saber dizer as coisas da melhor forma. E porque é que é que acabamos por ter menos cuidado com os que nos são fundamentais? Simples! Porque esses são os que estarão sempre presentes, os que nos conhecem verdadeiramente e conseguem, depois de olharem a tudo, entender-nos na perfeição.
Ainda não li mais nada do que escreveste hoje (domingo), apenas o que escreveste ontem, e tenho quase a certeza que vou encontrar linhas bem menos dolorosas um pouco mais acima.
Beijos.
mas os amigos são também os que sabem que há momentos e momentos, que há formas e modos de dizer, e que nos conhecem tão bem que sabem quando estamos mais sensíveis...
tudo isto para dizer que às vezes pomos os pés pelas mãos e magoámos quem gostamos!
mas o ser amigo é estar lá a seguir, pedir desculpa, esclarecer, dar um abraço e seguir em frente...
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