6.2.07


quantas não são as vezes que nos “barricamos” atrás de um muro de areia, numa qualquer praia, de forma a tentarmos impedir que as ondas nos molhem as toalhas, e tudo o mais que tenhamos levado connosco? (não esquecer a geleira, as garrafas de vinho e/ou cerveja, as sardinhas/carapaus de escabeche, o chouriço e os ovos cozidos, o pão caseiro, e tantas outras coisas mais)

e mais tarde ou mais cedo, há uma qualquer onda que teima em passar por cima de todas e mais algumas barreiras, tornando a aparente organização num caos de toalhas molhadas, repletas de sal, com muitos grãos de areia à mistura, onde todos se levantam e tentam pelo menos que algumas coisas não sejam arrastadas, ou que não haja mais objectos molhados…

os que estão à nossa volta irrompem em risos, uns mais histéricos que outros,
outros há que perguntam se precisamos de ajuda,
outros abanam a cabeça em sinal de desaprovação, como quem já tinha visto isso há muito tempo…
quanto ao caos, tenta-se arrumá-lo, tenta-se remediar, cada um com a sua hipótese…

talvez fosse mais fácil ter tentado resolver a situação de outra forma à priori, em vez de erguer barreiras que nos parecem resistentes, mas que são apenas barreiras de areia…
e para que erguer barreiras?
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Obrigada BC pela conversa que deu origem a este post e bem vindo ao tinitran sempre que te apetecer *

2 comentários:

BlueLittleGuy disse...

Será possivel desfrutar de tudo o que a água pode estragar antes da onda final?...

Não sei se a pergunta certa é se devemos chorar o que perdemos ou o que não aproveitamos, porque as ondas acabam sempre por nos apanhar, mesmo longe da praia...

Não ter nada connosco e estarmos sempre prontos para nadar pode ser outra é uma forma de enfrentar estas realidades, mas o que de bom poderemos sentir se à partida não temos nada...

Anónimo disse...

É um pensamento engraçado apesar de toda a analogia... temo que não irás nunca achar a resposta, não existe mezinha ou truque, mais dia menos dia, tufas... somos apanhados pela onda, umas vezes é a toalha que se molha, noutros a roupa, chinelos, telemovel, and so on and so on...
Ou então sou só eu que gosto de levar com as ondas, mas afinal de que vale andar na praia e sair de lá sequinho?

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